Onde estamos

As universidades portuguesas vivem num quadro legal ultrapassado cuja revisão, finalmente em curso, não parece responder às necessidades – Lei nº 62/2007, de 10 de setembro, conhecida como RJIES (Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior). Por lei, os Conselho Gerais das universidades estão limitados nas suas funções, muitos deles tendo como função única e relevante a eleição do Reitor. Este, uma vez eleito, faz do órgão uma câmara de ressonância da sua vontade política e institucional, destituindo-o de qualquer poder de contestação ou de supervisão das suas ações e vontade.

Esta é a situação da ULisboa. A recusa em garantir mais poder ao Conselho Geral, numa interpretação restritiva e redutora dos limites do RJIES, agiliza a execução de planos e estratégias, para o bem e para o mal. O mal só se evita com supervisão e participação. O diálogo entre os reitores e as escolas não pode ser apenas feito com os presidentes ou diretores, numa quase ausência de canais de participação ou de informação sobre a universidade, os seus projetos e problemas.

Vivemos alheados da realidade sobre a qual deveríamos estar a intervir.


Para onde queremos ir


Não queremos uma universidade subserviente! Queremos uma universidade plural, de participação e de ação criadora, na ciência, de ação interventiva, na pedagogia, e de ação transformadora, na sociedade, com a utilização sustentável e cuidada de recursos, sejam estes os campi, as matérias-primas, a energia ou o trabalho humano, em particular o científico e pedagógico. Pretendemos uma Universidade que integre a sua atividade científica de investigação e de docência com igual e equilibrada prioridade e relevo. Pretende-se que cada uma das Faculdades e Institutos da Universidade de Lisboa seja motor e centro de participação viva de todos quantos nela laboram, com particular responsabilidade para os seus docentes e investigadores, a quem devem ser dadas condições de trabalho livres de constrangimentos institucionais e de exercício discriminatório de poder hierárquico.


A nossa assinatura


A lista U é proativa e abrangente: reúne um conjunto alargado de docentes e investigadores da maioria das escolas da ULisboa preocupados com o rumo da sua universidade. A lista U é integradora e inclusiva: o que nos une, acima de diferenças políticas ou de outra índole, é a vontade de assegurar uma gestão académica democrática e participada da nossa universidade e das suas escolas. A lista U é preocupada, engajada e interventiva: desde 2017 pautada pela defesa de melhores condições para a prossecução das atividades de investigação, formação e desenvolvimento profissional num quadro de inquietação e defesa de princípios de desenvolvimento sustentável e de respeito pela diversidade.